quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Arroz com Feijão - I

Então... Arroz com feijão ... O básico do básico...

Termografia então serve para detectar aquecimentos cuja repercussão nos interesse, seja para um lado ou outro, para o do "lucro" ou do "prejuízo"... "Lucro" e "prejuízo" entre aspas por causa das discussões sobre o que é um ou outro... Mas esse não é o nosso ponto aqui... Aqui é o "mais" óbvio que nos interessa... sem muitas firulas...

Então vejamos: no dia a dia das instalações elétricas industriais, há:

1) pequenos aquecimentos em grandes equipamentos,
2) grandes aquecimentos em pequenos equipamentos,
3) grandes aquecimentos em grandes equipamentos e, às vezes,
4) pequenos aquecimentos em pequenos equipamentos.

Qual é o estratégicamente mais importante?

Cada caso é um caso... Regras gerais tendem a ter tantos furos que realmente valem apenas como Norte.. Mas cada caso, é um caso a ser analisado individualmente. E é aí que a competência se faz presente.

Hoje vamos ver primeiramente um caso de um pequeno aquecimento em um equipamento muito importante.

Vejam o termograma abaixo:



Um transformador com o secundário em 230 kV (era um trafo elevador em uma usina) e com aquecimento nos conectores das buchas. Uma falha otimista nesse ponto, apenas com o rompimento do cabo, ou a destruição do conector, e com a proteção atuando corretamente, custa necessáriamente muito, muito, mas muito dinheiro mesmo.

Vejamos mais de perto, com uma tele-objetiva:



Podemos notar aqui que o ponto mais distante, está - NESSE MOMENTO DA INSPEÇÃO - mais comprometido que o mais próximo. Qual era a fase? Não me lembro mesmo.. hehehe.. Teoricamente, de costas para a fonte, R, S e T, da esquerda para a direita.. Então, fases R e T...

Bom...

Uma parada na unidade é necessária para avaliação e correção do problema. Algumas horas de parada programada custarão centenas, talvez milhares de vezes menos, do que uma falha otimista nesse local.

Agora ... se as coisas complicarem... bem.. aí realmente os custos explodem!!!

Arroz com feijão! O básico do Básico! Mas cujo custo pode ser astronômico.

Há também problemas térmicos realmente insignificantes e que podem custar tanto ou mais caro...

Um exemplo?

Vejam o termograma abaixo:



Esse termograma é de uma barra de bornes de um Relé de Sobrecorrente. Quem é da área elétrica, já deve ter desconfiado que qualquer falha nesse local, pode derrubar uma fábrica inteira. E isso é custo de centenas de homens hora parados, produção perdida, prazos não atendidos e por aí afora... Se for em uma subestação de uma concessionária então, nem se fala. Pode significar uma cidade inteira apagada!!!

Como garantir a progressão conveniente desse aquecimento, até a sua manutenção??? Bem... Isso é outra história...



Mas aí está então um problema térmicamente insignificante, mas de grandes repercussões econômicas.

Cabe aos inspetores decidirem, no momento da inspeção, o que é significativo ou não.

Tenham todos um bom dia, e que o quente mesmo seja a grana que vc economiza... !!!



Termografia em estado de arte: a grana no seu bolso.

De um jeito ou de outro! Prefira SEMPRE a qualidade.

Qualidade é sempre mais barato!!!